Serviços de Oncologia
Centrado no diagnóstico e tratamento do cancro.Os nossos oncologistas tratam dos animais de estimação com cancro, desde o diagnóstico ao tratamento, ou durante o período terminal. O nosso principal objetivo é proporcionar a melhor qualidade de vida aos animais que sofram de cancro, atingir a remissão ou curar a doença, minimizar os efeitos secundários da terapêutica, e oferecer tratamento paliativo e cuidados em fim de vida.
Os tumores mais comuns tratados são:
- Linfoma
- Leucemia
- Mastocitomas
- Fibrossarcoma felino
- Osteossarcoma
- Sarcoma dos tecidos moles
- Tumores da glândula mamária
Considerações sobre a Cirurgia
Sempre que estiver a ser considerada uma cirurgia oncológica, deverá discutir os seus custos e benefícios com o veterinário.Possíveis benefícios
- Cura completa e vida livre de doença
- Redução da dor
- Melhoria da qualidade de vida
- Vida prolongada
Possíveis custos
- Potenciais complicações da cirurgia, incluindo infeções, hemorragia, recorrência do cancro e alterações indesejáveis na aparência
- Dor e desconforto a curto e longo prazos
- Perda da função normal dos membros e órgãos afetados
Visão geral da cirurgia
A cirurgia é considerada a pedra angular do tratamento da maioria dos cancros e tumores nos animais. É uma das formas mais antigas de tratamento e é considerada a mais eficaz. Atualmente, a cirurgia pode ser combinada com a radioterapia e/ou a quimioterapia, consoante as características do caso.
Quando se realiza uma cirurgia, o objetivo principal costuma ser a remoção de todas as células cancerosas do corpo do animal. Por vezes, se o cancro for detetado precocemente (antes de crescer demasiado ou alastrar para outras partes do corpo), a cirurgia pode representar a cura completa do animal de estimação. Outros objetivos da cirurgia passam por remover um tumor inestético para melhorar a aparência ou o bem-estar do animal, ou então remover um tumor que interfira com as funções fisiológicas normais. Estes objetivos podem melhorar a qualidade de vida do animal.
A cirurgia terá mais sucesso nos casos em que o tumor cancerígeno não se tenha espalhado para além da sua localização original. Contudo, infelizmente, alguns tumores não podem ser cirurgicamente removidos. Alguns encontram-se em locais inacessíveis. E pode dar-se o caso de o custo para o animal superar o benefício. Por exemplo, a remoção de um grande tumor pode implicar a remoção de um órgão vital ou pode causar a perda de uma função fisiológica vital. Se o cancro se tiver espalhado para mais de uma localização (metastização), não é tão provável que a cirurgia seja, só por si, um tratamento eficaz.
Uma biópsia é um procedimento cirúrgico em que uma parte de um tumor é removida para estudo e análise por um patologista. O relatório do patologista fornecerá informações importantes, tais como o tipo de cancro e as suas características. Em combinação com as informações sobre o tamanho e a localização do cancro, este permitirá que o médico veterinário desenvolva o melhor programa terapêutico para o seu animal de estimação.
Quimioterapia
Alguns medicamentos (químicos) destroem as células cancerosas. A este tipo de tratamento dá-se o nome de quimioterapia. A quimioterapia pode ser usada para controlar e tratar diferentes tipos de cancro. Quando usado, o objetivo mais comum deste tratamento é diminuir o tamanho, parar o crescimento ou mesmo destruir o cancro sem efeitos negativos a longo prazo sobre a qualidade de vida do animal. O seu médico veterinário fará a prescrição da quimioterapia com base no tipo de cancro que precisa de ser tratado, no estado do cancro, na condição geral do animal e em eventuais constrangimentos financeiros existentes.
Idealmente, um fármaco quimioterápico matará as células cancerosas no corpo do animal sem prejudicar as células saudáveis. Foram descobertos alguns medicamentos assim. Atualmente, os medicamentos selecionados para a quimioterapia foram concebidos para serem mais prejudiciais para as células cancerosas do que para as normais. Destinando-se especificamente às células que se dividem e crescem rapidamente. Até certo ponto, as células normais serão afetadas pelos fármacos quimioterápicos e, por vezes, estes podem ter efeitos adversos.
Os fármacos quimioterápicos são administrados por via oral ou injetável. Se for usada uma injeção, pode ser na veia (intravenosa), no músculo (intramuscular) ou sob a pele (subcutânea). O método de administração será selecionado tendo em mente o conforto e a qualidade de vida do animal de estimação, em equilíbrio com o objetivo da administração eficaz dos medicamentos.
A quimioterapia, sozinha, não costuma possibilitar a cura do cancro nos animais de estimação. Mais frequentemente, é usada para controlar o cancro e a sua propagação. Assim, a quimioterapia é, frequentemente, utilizada para tratar cancros que afetem o corpo todo, tais como o cancro do sistema linfático (linfoma). Noutros casos, a quimioterapia é utilizada para combater as células cancerosas residuais, que não tenham sido completamente removidas com a cirurgia. A quimioterapia também é utilizada para combater tipos de cancro que se tenham espalhado pelo corpo, logo no início do seu desenvolvimento.
Resumindo, o médico veterinário terá de pesar os benefícios esperados dos medicamentos e os possíveis efeitos adversos para poder selecionar o tratamento mais adequado para o seu animal de estimação. O veterinário monitorizará cuidadosamente as respostas físicas e comportamentais do seu animal de estimação ao tratamento, ajustando a dosagem para maximizar o efeito sobre o cancro, ao mesmo tempo que reduz os efeitos secundários.
Em geral, os animais parecem tolerar a quimioterapia melhor do que as pessoas, mas o tratamento com alguns fármacos quimioterápicos pode resultar em vómitos ou em perda de interesse na comida. Este efeito secundário pode ser tratado com medicamentos antieméticos. Podem ser usados fluidos intravenosos para controlar efeitos secundários como vómitos, diarreia e desidratação.
Cães e gatos submetidos a quimioterapia costumam ter uma qualidade de vida boa a excelente ao longo do programa de tratamentos. Em caso de efeitos secundários, estes costumam ser moderados. Estima-se que o risco de efeitos adversos potencialmente fatais seja de menos de 5% para a maioria dos tipos de quimioterapia. Se o seu animal de estimação estiver a realizar quimioterapia, deve discutir, de antemão, o programa de tratamentos com o médico veterinário. Terão de chegar a um nível de entendimento mútuo sobre o que pode esperar para o seu animal de estimação e o nível de risco que está disposto a aceitar.
Terapia combinada
A expressão “terapêutica combinada” refere-se ao uso de duas ou mais opções de tratamento na luta contra o cancro. Atualmente, a terapêutica combinada é a abordagem mais frequente no tratamento de cancro em animais de estimação. Oferece a melhor possibilidade de cura do cancro, ao mesmo tempo que mantém a melhor qualidade de vida possível para o animal.
O tratamento poliquimioterápico oferece muitas vantagens em relação aos programas de tratamento com um só fármaco. Por exemplo, quando são usados vários fármacos quimioterápicos, e cada um usa um mecanismo diferente para matar células cancerosas, é menos provável que o cancro se torne resistente ao medicamento. Isso aumenta as probabilidades de sucesso do mesmo.
Não há um tratamento melhor para todos os cancros. Em alguns casos, a melhor abordagem é uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Muitas vezes, os tumores e outros cancros confinados a uma área localizada são mais bem tratados com cirurgia ou radioterapia. A quimioterapia tem a vantagem de tratar as células cancerosas que se espalharam da sua localização original. Noutros casos, usa-se a radiação ou a quimioterapia para diminuir um tumor até um tamanho que possibilite a remoção cirúrgica ou a torne de sucesso mais provável. Pode usar-se a radiação ou a quimioterapia para matar as células cancerosas que subsistam.
O estado do desenvolvimento do cancro é um fator na seleção do tratamento, quer se trate de um modo de tratamento único ou uma combinação de métodos de tratamento. Para animais com cancros avançados que não possam ser tratados com cirurgia ou radioterapia, pode usar-se a poliquimioterapia para reduzir os sinais de doença e prolongar a vida.